Um relatório produzido pelo Ministério Público Estadual (MPE) e apresentado à Justiça para adiar o julgamento do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB)no envolvimento de esquema de fraude na Saúde mostra documentos impressos com anotações escritas à mão com pedidos de aumento do ‘Prêmio Saúde’ para determinados servidores.Os documentos que pediam prioridade para alguns funcionários tinham escrito a palavra ‘canhão’, que, segundo o MPE, referiam-se a contratados como ‘canhão político’.Também foram citados outros documentos, como comprovação de servidores com duplo vínculo e recebendo por dois cargos, supostamente de forma irregular.
O relatório foi apresentado à Justiça para pedir o adiamento do julgamento de Emanuel, que aconteceria nesta quinta-feira (18). Os documentos foram apreendidos no cumprimento dos mandados de busca e apreensão nos gabinetes da prefeitura no último mês, quando Pinheiro foi afastado da função.
Um dos documentos mostra informações manuscritas em caneta de cor azul na parte superior com a palavra‘canhão’, o que pode indicar que a motivação da contratação seja por apoio político, não sendo identificada a autoria da assinatura.