Pouco fôlego na Casa de Saúde – 09/01/2007

Falhas na interpretação dos termos do Convênio que permitiu a reabertura da Casa de Saúde torna ainda mais instável a sobrevivência do hospital. O Convênio envolve Prefeitura, Governo do Estado, Cooperativa dos Ferroviários e Universidade Federal de Santa Maria. No dia 16 de novembro de 2006, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou a renovação do convênio até o dia 26 de maio desse ano. Entretanto nenhum dinheiro foi repassado para a manutenção do hospital. A previsão era que fosse recebido o repasse de R$ 780 mil. Para resolver o impasse, a diretora clínica e administrativa da Casa de Saúde, Rosa Wolf encaminhou um ofício para a prefeitura e para o Governo do Estado pedindo uma interpretação sobre o termos do convênio.

Pelo convênio, cabe a Prefeitura repassar R$ 60 mil e ao Governo outros R$ 200 mil por mês para manutenção do hospital. O atraso no repasse por parte do Estado já ocasionou a suspensão de alguns serviços como cirurgias e internações. A situação é tão crítica que obrigou a diretora clínica e administrativa do hospital, Rosa Wolf, a comunicar aos chefes dos setores o atraso na quitação da folha de pagamento dos funcionários. De acordo com Rosa, a possibilidade de haver greve não está descartada.

A média de atendimentos diários é de 100 pacientes no ambulatório, e ainda são realizados cerca de 15 a 20 cirurgias. O número de internos chega a 80. Dentre os setores mais críticos do hospital está a clínica médica que consome cerca de R$ 100 a R$ 200 por dia por paciente. De imediato a Casa de Saúde aguarda o repasse federal de R$ 170 mil referente aos honorários dos médicos, o que equivale a 70% do valor bruto total a ser quitado, de acordo com Rose.

De acordo com o Secretário Municipal de Finanças, Roberto da Luz Júnior, os repasses municipais do convênio referentes ao mês de outubro no valor de R$ 60 mil serão encaminhados a Casa de Saúde na próxima segunda-feira. A parcela de novembro de mesmo valor também está prevista até a sexta-feira, 19. Já a de dezembro está prevista até o fim deste mês. Conforme o secretário, o atraso advém do esgotamento dos recursos das taxas de vigilância sanitária, de onde provém o dinheiro repassado. Ele reclama que o maior atraso vêm do Estado, que não repassa os recursos. O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, foi procurado na sexta-feira mas não foi encontrado.

Jornal A Razão Online – 09/01/2007