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Mulheres que estão com mamografia pendente por causa da pandemia devem buscar atendimento — Foto: iStock
O levantamento, feito pela prefeitura a pedi
do do g1, mostra 18.920 mamografias realizadas ao longo de todo o ano passado, contra um total de 28.577 antes da crise sanitária. Os exames foram feitos em mulheres com idades entre 40 e 69 anos, conforme protocolo na metrópole.
“A gente teve de percepção o aumento no número de casos de câncer, que chegaram numa fase maior do que os pegos na mamografia. Chegaram bastante casos, mas mais avançados. A mamografia tenta pegar num processo muito inicial. E percepção de ir atrás de mais vagas em quimioterapia, cirurgia”, explicou.
Segundo a ginecologista, muitas mulheres têm chegado ao consultório relatando sintomas e queixas, quando, na verdade, um exame preventivo é capaz de detectar nódulos antes mesmo que gerem desconfortos.
Queixas que são sinais de alerta
- Nódulos de mama
- Secreção com sangue saindo do mamilo
- Alterações no aspecto da pele, avermelhada ou parecida com uma casca de laranja
“O índice de cura vai depender do estado que a paciente chega. […] O câncer de mama corresponde a 17% das mortes de mulheres. É a primeira causa mais identificada”.
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Quando fazer o exame
Segundo Miriam, a recomendação é que as mulheres realizem a mamografia anualmente entre 40 e 49 anos de idade. Já para a faixa de 50 a 59 anos, o recomendado é o exame a cada dois anos.
“Nas mulheres mais jovens os tumores costumam ser mais agressivos e mais rápidos no avanço da doença. A gente preconiza um ano, porque pode aparecer em seis meses uma lesão”.
“Se diagnosticado precocemente com o exame de mamografia de rastreamento, a sobrevida sem doença por dez anos é em torno de 98%. Se em estágio inicial mas um pouco mais como o estágio 1, sobrevida de 85% a 90%. Se diagnosticado em estágio avançado, sobrevida em dez anos em torno de 20%”, destacou a coordenadora da Saúde da Mulher.
Para fazer o exame, as pacientes nas faixas etárias devem procurar uma unidade de saúde e podem obter o pedido de exame por meio do médico plantonista ou mesmo com os enfermeiros. O agendamento é feito pela Unidade Básica de Saúde, e é direcionado para o Hospital de Amor, Hospital PUC- Campinas ou para as carretas de mamografia.
“Se tem um exame alterado, em menos de 15 dias tem que passar pelo mastologista. Se estiver normal , cerca de 40 dias para voltar o exame. Os hospitais convocam as pacientes para complementar exames e fechar o diagnóstico”, explicou Miriam.
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Exame de mamografia é essencial na prevenção do câncer de mama — Foto: Sérgio Oliveira/EPTV
Queda de mamografias na rede particular
O cenário de queda no número de mamografias e outros exames realizados nos últimos anos por causa da pandemia da Covid-19 se repete também na saúde suplementar, com pacientes particulares e conveniados, segundo a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC).
Uma rede de consultórios voltada para a saúde da mulher com três unidades em Campinas, por exemplo, registrou quedas de 27% nos atendimentos femininos, 26% nas mamografias e de 35% nos pedidos de ultrassom. Antes da pandemia, passavam pelas unidades 4,6 mil mulheres, 1,3 mil a mais do que o número atual. A rede informou que tem reforçado o contato com as pacientes e orientado sobre a necessidade de retomarem os exames preventivos.
Coordenadora do Departamento Científico de Ginecologia e Obstetrícia da SMCC, Isabela Nelly Machado disse ao g1 que a suspensão de tratamentos e exames eletivos gerou uma queda nos rastreamentos de muitas doenças. Quem não tinha o diagnóstico fechado, precisou esperar.
Mulheres que não tinham sintomas ficaram silenciadas em casa durante o isolamento social necessário para conter o avanço do coronavírus em 2020. Assim como no SUS, a retomada ocorreu em 2021, mas ainda a passos bem lentos.
“Tem uma demanda reprimida grande de 2020 ainda. Uma parcela de pacientes voltou, mas esse retorno não passou de 50% do que teria que voltar, tanto do rastreamento de câncer quanto de outras patologias, que a gente sabe que o tempo prejudica a evolução”, por exemplo a fertilidade [por causa da idade da paciente], afirmou.
Em relação aos resultados das mamografias que estão chegando este ano, Isabela afirma que é difícil precisar há quanto tempo as lesões estão nas mamas. “Só se sabe que foi em três anos”.
“Acho que até o fim do ano a gente vai colher, é esperado que a gente tenha um aumento de diagnósticos tanto de doenças evolutivas, oncológicas ou não”, ressalta a coordenadora ao lembrar de uma paciente com sangramento pós-menopausa que não fez exame por causa da pandemia e agora tem a suspeita de câncer de endométrio.
“Todos os serviços de saúde, público e suplementar, estão preparados para receber o paciente. Não há motivos para temer o retorno, não há motivos mais. O medo não pode vencer a responsabilidade sobre a sua saúde. Retomem os exames de rotina”, alertou.
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Imagem de mamografia, exame essencial para prevenção de câncer de mama — Foto: Mauricio Bazilio/Divulgação